quarta-feira, 25 de junho de 2014

e nosso amor
foi feito pedrinha jogada na água
bateu, quicou, fez ondas
mas afundou.
balde furado vaza,
mas balde cheio transborda.
feito pingo de chuva na lente do óculos
as lágrimas mancharam os traços

planejo curvas como se fossem as linhas desencontradas dos nossos destinos
eu contorno as minhas mãos
e os seus nãos

tento apagar as palavras duras proferidas
mas o papel continua manchado

e, sendo assim, eu te rabisco
amasso
e jogo fora
mesmo sabendo que a dor não vai ir embora.

sábado, 11 de janeiro de 2014

quem me dera ainda saber dançar
equilibrar os meus pés nos teus
e me deixar levar.

domingo, 29 de dezembro de 2013

e eu já nem sei
o que esperar
você sempre me promete
que estará lá

mas quando eu acordo
estou sozinha na cama
e na hora me recordo
que estou cansada de te amar.

sábado, 28 de setembro de 2013

se o amor
é cíclope
o nome dele
é ninguém

nessa odisséia
romântica
o épico
é ter a coragem
de não estar


cantem,
ó musas,
para esse
coração adormecido
e tirem essa pedra
do caminho obstruído.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

na maior parte do tempo
a gente aprende a esquecer
e isso é necessário
pra conseguir sobreviver

mas tem horas
que bate
aquela enlouquecida
interior

é preciso
ser bem livre
pra não
morrer de amor.
não foi você
e nem fui eu,
foi o amor
que ficou
e a paixão
que morreu.

sábado, 21 de setembro de 2013

felicidades

felizes
cidades

novas
idades

outras
novidades.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

ou soma
ou vaza,
mas não me diminui.